quinta-feira, 7 de abril de 2011

Assunto sério: bullying!

Resolvi dar um UP nesse post, devido ao que aconteceu na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

Convidei a Samia para fazer um post sobre bullying após ver uma reportagem (no final do post tem o link).

Eu e a Samia nos formamos juntas na faculdade e hoje ela segue uma brilhante carreira em Psicologia. O tema da dissertação do Mestrado foi justamente o tema do post de hoje - convidei alguém safa pra falar do assunto hein?!

Obrigada pela disponibilidade amiga! Tenho certeza que o texto irá esclarecer muito sobre o assunto.

Com a palavra a Ms.Samia Jorge.

"Olá leitores,

Minha querida amiga Trícia, dona zelosa deste blog, deu-me a oportunidade de falar com vocês sobre um tema que há mais ou menos quatro anos chamou minha atenção: o bullying escolar. Falar sobre este problema é lembrar que, em todas escolas e em maior ou menor grau de intensidade, existem crianças e jovens aparentemente muito valentes, outros muito frágeis e freqüentemente há intimidações dos primeiros contra os segundos. Muitos dos colegas dos envolvidos, por outro lado, têm muito medo e insegurança de denunciar os maus tratos que observam.

Os leitores podem dizer: “Mas tal situação já existe desde que o mundo é mundo!” Exatamente! Na década de 1950, quando o autor Harrison Ford foi constantemente intimidado e agredido fisicamente na escola por seus colegas, ele provavelmente sentia que havia algo errado, mas na época ainda não se tinha a denominação ‘bullying’ para este problema.
É provável que o problema exista desde os primeiros espaços de aprendizagem, onde Platão lecionava filosofia e matemática na Grécia, mas começou a ser estudado com profundidade e recebeu o nome de bullying na década de 1970, quando o pesquisador Dan Olwews identificou que era alto o número de adolescentes saudáveis que se suicidavam na Noruega e que em comum tinham uma história de maus tratos por parte dos pares escolares.
Quem sofre bullying está diariamente em contato com humilhações, ofensas, roubo de seus pertences, ataques à sua integridade física e psicológica. Sofre por não poder confiar naqueles que considerava seus amigos, mas que começaram a espalhar boatos maliciosos na escola, em sites de relacionamento; olham para ela e apontam, riem, exploram suas características mais frágeis, excluem.

Quem violenta alguém se acha valente, forte, grande o suficiente para xingar, ofender, apelidar. Não pensem os leitores que estas pessoas estão isentas de sofrimento: estudos dizem que os ‘bullies’ em grande parte tiveram histórias de agressões ou falta de limites em sua família. Deve ser realmente muito triste não conseguir falar com o colega e, ao invés disso, cortar a palavra com violência.

Todos estes parágrafos têm um simples desejo: observemos nossos estudantes. Os agressores acreditam que precisam da capa de valentão, eles não conseguem pedir ajuda. Muito menos as vítimas, muitas vezes tímidas e inseguras demais. E os expectadores geralmente não têm coragem de denunciar o problema aos pais ou professores por medo de se tornarem os próximos alvos. Ou mesmo porque se sentem atraídos pela liderança do valentão...

Queridos, observemos nossos jovens e crianças quando chegam em casa: estão tristes? Eufóricos? Sujos? Machucados? Com raiva? Qual o estado de seu material escolar? Sempre que possível, freqüentemos as reuniões escolares para sugerir, perguntar, conversar abertamente com professores. E mais do que tudo: conversemos com nossos filhos, estreitemos nossos laços. Saia um dia com sua cria apenas para brincar, divertir-se: muitos ´causos´ que estavam escondidos surgem quando eles se sentem mais seguros e próximos da gente.

E assim que tiverem um tempinho, leiam o blog da Trícia.Acho que ele faz bem em doses homeopáticas [Ôh amiga....obrigada!!!!]"

Samia Jorge 
 

3 comentários:

  1. Ótimo post amiga! Adorei as dicas... Esse assunto me assusta um pouco... espero q meus filhos nunca passem por isso!

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  2. ...também gostei mto do post! Taí um assunto polêmico e pouco conhecido, vamos cuidar mais das nossas crianças para que elas se tornem adultos melhores!!!

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  3. infelismente isso tem em todo lugar, alguns mais explicitos, outros não. É isso ai, parabens pela iniciativa amiga. So conhecendo para saber como agir e distinguir.

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